A pergunta que mudou minha vida
(e pode mudar a sua também)

Antes de me conhecer um pouco na sessão seguinte, quero compartilhar uma história. E talvez, ao final dela, você perceba que ela também é um pouco da sua. Eu estava prestes a me formar na faculdade. Dividia meus dias entre um estágio e um turno no call center de uma grande multinacional farmacêutica. A rotina era dura, mas eu acreditava que aquele esforço abriria portas. E foi exatamente por isso que fiquei tão animado quando surgiu a chance de participar de uma entrevista para o meu primeiro emprego “de verdade”, já como formado. Lembro como se fosse hoje: no meio da entrevista, a recrutadora do RH me perguntou minha pretensão salarial. Respondi com confiança, propondo um valor compatível com minha formação e com a responsabilidade que eu estava pronto para assumir. Ela me olhou com desdém. E, com um tom arrogante, soltou: — Mas isso é muito mais do que você ganha no seu estágio atual de 6 horas. Saí dali me sentindo fracassado. Aquela sensação me acompanhou no caminho de volta para casa. Passei a noite refletindo sobre tudo aquilo. Eu podia aceitar aquele rótulo. Podia me conformar. Ou podia transformar aquela situação em combustível. E foi exatamente o que fiz. Na mesma semana, descobri por minha tia que um concurso para Auditor Fiscal Federal estava prestes a acontecer. Restavam apenas quatro semanas. O tempo era curto, a prova difícil, e a concorrência assustava. Mas eu resolvi devorar os livros do edital como nunca antes. E, contra todas as expectativas, passei – e em primeiro. Aquela entrevista, que parecia ter sido um fracasso, se tornou o empurrão que eu precisava para mudar de vida. Nunca mais esqueci daquela recrutadora. Hoje, olho para trás e agradeço a Deus por ter cruzado meu caminho com alguém que, sem saber, me deu um presente: a chance de buscar algo maior. Mas a história não termina aí. O cargo público trouxe a tão sonhada estabilidade. Mas, com o tempo, percebi que a segurança tinha um preço: a falta de realização. E foi na pandemia que a pergunta que mudou minha vida voltou a aparecer: “É isso mesmo que você quer para o resto da vida?” A resposta foi não. Recusei o conforto e aceitei uma proposta de uma empresa americana. Pedi exoneração da minha estabilidade e fui buscar o que realmente importava: desafios, crescimento, propósito. A estabilidade traz, sim, uma tranquilidade enorme — e não vou negar que, em certos momentos, sinto falta dela. Mas o preço a se pagar pode ser alto demais: ela pode engolir a motivação, silenciar os sonhos e transformar décadas de trabalho em uma mera contagem regressiva até a aposentadoria. E por que estou te contando isso? Porque vejo agora a mesma oportunidade batendo à porta de quem está disposto a enxergar. A Inteligência Artificial está democratizando algo que antes era privilégio de poucos. Não exige diploma, anos de experiência ou títulos. Ela fala a nossa língua — a linguagem humana — e está acessível para quem quiser aprender. E, diferente de concursos ou empregos tradicionais, dominar essa habilidade pode trazer não só relativa estabilidade e ascensão profissional, mas também a chance de empreender em territórios completamente novos e inexplorados. A revolução já começou. E, como toda grande mudança, vai surpreender muita gente.
Resta saber: quando a IA for usada no seu trabalho… será por você ou por outra pessoa?